Processo de Incubação de Empresas de Base Tecnológica à Luz da Gestão de Projetos: Um Estudo de Casos Múltiplos
DOI:
https://doi.org/10.7769/gesec.v9i2.760Palavras-chave:
Incubadoras de empresas de base tecnológica, Processo de incubação, Gestão de projetosResumo
O objetivo desta pesquisa é compreender como as incubadoras de empresas de base tecnológica desenvolvem seu processo de incubação à luz da gestão de projetos. A fim de cumprir o objetivo da pesquisa, o estudo adotou uma abordagem qualitativa através de uma estratégia de estudo de casos múltiplos. Os dados foram coletados por meio de documentos e entrevistas semiestruturadas com os gestores de quatro incubadoras de empresas. Esta pesquisa corroborou que as incubadoras de empresas desenvolvem seu processo de incubação conforme as diretrizes do modelo Cerne. Esses resultados explicam e justificam a sua adoção, lembrando que este foi desenvolvido com o intuito de disponibilizar boas práticas de gestão e ajudar as incubadoras de empresas do Brasil a se alinhar com o conceito de incubadoras de terceira geração. Foram encontradas evidências que indicam que as quatro incubadoras adotam as áreas de conhecimento em gerenciamento de projetos, destacando gerenciamento da integração, escopo, tempo, comunicações, recursos humanos e qualidade. O gerenciamento de custos e partes interessadas foi parcialmente identificado nas quatro incubadoras. Quanto ao gerenciamento de riscos e das aquisições não se encontraram evidências que permitissem identificar a adoção dessas áreas de conhecimento pelas incubadoras. E, por fim, conclui-se como verdadeira a declaração teórica desta pesquisa que afirma que as incubadoras de empresas de base tecnológica adotam as áreas de conhecimento de projetos para desenvolver seu processo de incubação de empresas.
Downloads
Referências
Aernoudt, R. (2004). Incubators: tool for entrepreneurship? Small business Economics 23, 127-135.
Aerts, K.; Matthyssens, P.; & Vandenbempt, K. ( 2007). Critical role and screening practices of European business incubators. Technovation, 27(5), 254-267.
Allen, D.; & Bezan, E. (1990). Value added contributions of Pennsylvania’s business incubators to tenant firms and local economies. Pennsylvania State University, Smeal College of Business Administration,.
Almeida, M. (2005). The evolution of the incubator movement in Brazil. International Journal of Technology and Globalisation, 1(2), pp. 258-277.
Amaral, D. C.; Conforto, E. C.; Benassi, J. L.; & Araujo, C. (2011). Gerenciamento ágil de projetos: aplicação em produtos inovadores. São Paulo: Saraiva.
Anprotec (25 de outubro de 2016). Estudo de impacto econômico: segmento de incubadoras de empresas do Brasil. Fonte: Anprotec: http://www.anprotec.org.br/Relata/18072016%20Estudo_ANPROTEC_v6.pdf.
APM (23 de abril de 2017). Association for Project Management. Fonte: APM: https://www.apm.org.uk/body-of-knowledge/context/governance/project-management/
Atrasas, A. L.; Gomes, G. C.; Eloi, M. A.; & Choaiary, R. (2003). Incubação de empresas modelo Embrapa. Embrapa Transferência de Tecnologia.
Bergek, A. & Norrman, C. (2008). Incubator best practice: A framework. Technovation, 28, pp. 20-28.
Caulliraux, H. & Karrer, D. (2005). Modelo de maturidade para incubadora de empresas. Rio de Janeiro.
Caulliraux, H.; & Valadares, A. (2005). Aplicação da gestão de projetos para o gerenciamento de incubadoras de empresas. CEP, vol. 21.941, p. 972.
Cleland, D. & Ireland, L. (2012). Gerenciamento de projetos. Rio de Janeiro: LTC.
Costa-David, J.; Malan, J.; & Lalkaka, R. (2002). Improving business incubator performance through benchmarking and evaluation: lessons learned from Europe. In 16th international conference on business incubation.National Business Incubation Association,Vol. 28, (pp. 1-22). Toronto, Canadá.
Creswell, J. (2014). Investigação qualitativa e projeto de pesquisa: escolhendo entre cinco abordagens. Porto Alegre: Penso.
EC (28 de fevereiro de 2002). EC . Fonte: European Commission 2002. Benchmarking of Business Incubators.: <http://businessincubation.com.au/wp-content/uploads/benchmarking-incubators.pdf>.
Eisenhardt, K. (1989). Building theories from case. Academy of Management Review, Vol 14, 532-550.
Garel, G. (2012). A history of project management models: from pre-models to the standard models. International Journal of Project Management , 31 (2013) 663-669.
Gil, A. C. (2008). Métodos e técnicas de pesquisa social (6a ed.). São Paulo: Atlas, S.A.
InBIA (10 de novembro de 2016). National Business Incubation Association. Fonte: InBIA: https://www.inbia.org/resources/business-incubation-faq
Jurkowitsch, S. (2007). A strategic concept for an academic business incubation programme with the support of project management tools. Int. J. Entrepreneurship and Small Business, Vol. 4, No. 2, pp.138–151.
Kerzner, H. (2002). Gestão de projetos: As melhores práticas. Porto Alegre: Bookman.
Lalkaka, R. (2002). Technology business incubators to help build an innovation-based economy. Journal of Change Management, vol.3, n. 2, pp.167-176.
Liechtenstein, G. A. & Lyons, T. S. (1996). Incubating new enterprises: a guide to successful practices. Queenstown, MD: The Aspen Institute.
Lobosco, A.; Fernandes, M.; & Machado, J. (2016). A gestão de projetos aplicada no gerenciamento de incubadoras de empresas de base tecnológica. Latin American Journal of Business Management, 7(1).
Marques Júnior, L. J. & Plonski, G. A. (2011). Gestão de projetos em empresas no Brasil: abordagem “tamanho único”? Gestão & Produção, 18(1), 1-12.
Martins, G. de; & Theóphilo, C. (2007). Metodologia da investigação cientifica para Ciências Sociais Aplicadas. São Paulo: Atlas.
Mian, S. (1996 ). Assessing value-added contributions of university technology business incubators to tenant firms. Research Policy , 25 (3) 325-335.
_____. (1997). Assessing and managing the university technology business incubator: an integrative framework. Journal of Business Venturing, 12(4), 251-285.
Mian, S.; Lamine, W.; & Fayolle, A. (2016). Technology business incubation: An overview of the state of knowledge. Technovation, 50, 1-12.
Moreira, J. (2002). Modelo de gestão para incubação de empresas orientado a capital de risco. Dissertação de mestrado, Universidade Federal de Santa Catarina, Programa de Pós-graduação em Engenharia de Produção.
O’Neal, T. (2005). Evolving a successful university-based incubator: lessons learned from the UCF technology incubator. Engineering Management Journal, vol.17, n.3, pp.11-25.
OECD (2010). Organisation for economic co-operation and development. Fonte: OECD: www.oecd.org/innovation/policy
PMI (2013). Project Management Institute. PMBOK A guide to Project Management Body of Knowledge (5a ed.). Pennsylvania: PMI – Project Management Institute Inc.
Raupp, F. M.; & Beuren, I. M. (2011). Perfil do suporte oferecido pelas incubadoras brasileiras às empresas incubadas. REAd-Revista Eletrônica de Administração, 17(2), 330-359.
REINC (2001). Rede de Incubadoras de Rio de Janeiro. Modelo de Gestão para Incubadoras de Empresas: Uma estrutura de indicadores de Desempenho. Rio de Janeiro. E papers Serviços Editoriais.
Ribeiro, H. & Sanchez, C. (2006). Contribuições da metodologia project management body of knowledge (PMBoK) de gestão de projetos a gestão do conhecimento adaptada ao ambiente de incubadoras de empresas . XIII SIMPEP, Bauru, SP, Brasil, 6 a 8 de novembro de 2006 . São Paulo.
Rovai, R. (2005). Modelo estruturado para a gestão de riscos em projetos: Estudo de múltiplos casos. Tese de doutorado, Escola Politécnica da Universidade de São Paulo.
Sampieri, R. H., Collado, C. F., & Lucio, P. B. (2014). Metodología de la investigación. Sexta Edición. México: Editorial Mc Graw Hill.
Srivannaboon, S. (2006). Linking project management with business strategy. Published as a part of 2006 PMI Global Congress Proceedings – Seattle Washington.
Tietz, G.; Anholon, R.; Cooper, R.; & Quelhas, O. (2015). Business incubators in Brazil: Main gaps to be explored by academic researchers. Journal of Technology Management e Innovation., Vol. 10, issue 4.
Turner, J. R. (2009). Em J. R. Turner, The handbook of project-based management: leading strategic change in organizations. London: McGraw-Hill.
Veras, M. (2016). Gestão dinâmica de projetos: LifeCycleCanvas®. São Paulo: Brasport.
Yin, R. (2015). Estudo de caso: planejamento e método. Porto Alegre: Bookman.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Authors who publish with this journal agree to the following terms:
• 1. The author(s) authorize the publication of the article in the journal.
• 2. The author(s) ensure that the contribution is original and unpublished and is not being evaluated in other journal(s).
• 3. The journal is not responsible for the opinions, ideas and concepts expressed in the texts because they are the sole responsibility of the author(s).
• 4. The publishers reserve the right to make adjustments and textual adaptation to the norms of APA.
• 5. Authors are able to enter into separate, additional contractual arrangements for the non-exclusive distribution of the journal's published version of the work (e.g., post it to an institutional repository or publish it in a book), with an acknowledgement of its initial publication in this journal.
• 6. Authors are permitted and encouraged to post their work online (e.g., in institutional repositories or on their website) prior to and during the submission process, as it can lead to productive exchanges, as well as earlier and greater citation of published work (See The Effect of Open Access) at http://opcit.eprints.org/oacitation-biblio.html