Gestão Sustentável do Turismo: Proposição de Protocolo de Práticas e Processos de Implementação de Responsabilidade Social Corporativa para os meios de hospedagem da Grande Florianópolis
DOI:
https://doi.org/10.7769/gesec.v7i2.571Palavras-chave:
Responsabilidade Social Corporativa, Sustentabilidade, Turismo Sustentável, Meios de HospedagemResumo
O objetivo deste estudo é mapear padrões e normas de turismo sustentável e contrapô-las às boas práticas de RSC definidas no Framework de RSC, de modo a propor um protocolo de práticas e instrumentos para desenvolvimento e implementação de estratégias socialmente responsáveis para o segmento de meios de hospedagem na região da Grande Florianópolis. Destarte, contextualizou-se a relevância da RSC para o segmento ora estudado. A seguir, apresenta-se os pilares constitutivos da RSC e discute-se seu processo de implementação estratégica na esfera organizacional. Complementarmente, aborda-se o papel da RSC diante dos desafios da gestão sustentável do segmento estudado. Trata-se, portanto, de um trabalho essencialmente teórico, que procura responder ‘quais são as atividades de RSC que podem ser caracterizadas como `melhores práticas’ e os instrumentos de RSC para introdução, em termos estratégicos, na estrutura organizacional do segmento de meios de hospedagem?’. Para tanto, identificou-se duas certificações relacionadas ao turismo sustentável, o Green Globe e a NIH-54:2004. Em seguida, realizou-se uma análise equiparativa, tendo como sustentação principal o Framework de RSC. Resultante dessa análise emerge o protocolo de práticas e instrumentos para desenvolvimento e implementação de estratégias socialmente responsáveis para o segmento estudado. Destaca-se que a pesquisa contribuiu na ampliação do Framework de RSC, de 30 para 48 statements concernentes às práticas, bem como de 26 para 35 statements relativos às fases gerais de implementação de RSC, totalizando, respectivamente, um acréscimo de 18 e 9 statements ao modelo.
Downloads
Referências
Associação Brasileira da Indústria de Hotéis Associados (ABIH). (n.d.). ABIH-SC Associados .Documento não publicado, ABIH, Florianópolis.
Barros II, S. M., & La Penha, D. H. M. D. (1994). Diretrizes para uma política nacional de ecoturismo. Brasília, Embratur.
Branco, M. C., & Rodriques, L. L. (2007). Positioning stakeholder theory within the debate on corporate social responsibility, 12(1), 5-15.
Carroll, A. B. (1979). A three-dimensional conceptual model of corporate performance. Academy of management review, 4(4), 497-505. DOI: https://doi.org/10.5465/amr.1979.4498296
Carroll, A. B. (1991). The pyramid of corporate social responsibility: Toward the moral management of organizational stakeholders. Business horizons, 34(4), 39-48. DOI: https://doi.org/10.1016/0007-6813(91)90005-G
Chamusca, A. C. I., & Centeno, C. R. (2002). Gestão ambiental em meios de hospedagem. Responsabilidade social das empresas: a contribuição das universidades, 5.
Chung, L. H., & Parker, L. D. (2010). Managing social and environmental action and accountability in the hospitality industry: a Singapore perspective. Accounting Forum, (Vol. 34, pp. 46-53). Elsevier. DOI: https://doi.org/10.1016/j.accfor.2009.10.003
Coral, S. M., De Souza, P., & Lunkes, R. J. (2013). Missão Institucional: análise dos principais elementos presentes nas missões dos hotéis de Santa Catarina. Seminário em Administração, São Paulo, SP, Brasil, 16.
De George, R. T. (1987). The status of business ethics: past and future.Journal of Business ethics, 6(3), 201-211. DOI: https://doi.org/10.1007/BF00382865
De Grosbois, D. (2012). Corporate social responsibility reporting by the global hotel industry: Commitment, initiatives and performance. International Journal of Hospitality Management, 31(3), 896-905. DOI: https://doi.org/10.1016/j.ijhm.2011.10.008
De Oliveira, V. M., Cândido, G. A., & Gómez, C. R. P. (2011). Indicadores de Sustentabilidade para a Atividade Turística: uma proposta de critérios de análise para o seu monitoramento. Anais do Simpósio de Administração da Produção, Logística e Operações Internacionais (SIMPOI), São Paulo, SP, Brasil, 14.
Dos Santos, A. K. (2013). Florianópolis: as consequências do crescimento desordenado (Monografia). Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC, Brasil.
Elkington, J. (2014). Sustentabilidade Canibais com Garfo e Faca. Ed. M. Books.
Endeavor. (2014). Índice de Cidades Empreendedoras. Recuperado em 05 de maio, 2016, de https://endeavor.org.br/indice-cidades-empreendedoras-2015/
Enderle, G., & Tavis, L. A. (1998). A balanced concept of the firm and the measurement of its long-term planning and performance. Journal of Business Ethics, 17(11), 1129-1144. DOI: https://doi.org/10.1023/A:1005746212024
Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC). (2015a). Rotas Estratégicas Setoriais 2022 – Turismo, pp. 1-206.
Frederick, W. C. (1960). The growing concern over business responsibility.California Management Review, 2(4), 54-61. DOI: https://doi.org/10.2307/41165405
Freeman, R. E. (1984). Strategic planning: A stakeholder approach. Pitman, Boston.
Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE). (2006). Meios de Hospedagem: estrutura de consumo e impactos na economia. Recuperado em 02 de maio, 2016, de http://www.dadosefatos.turismo.gov.br/export/sites/default/dadosefatos/outros_estudos/meios_hospedagem/downloads_meios_hospedagem_economia/Relatorio_Executivo_-_Meios_de_Hospedagem_-_Estrutura_de_Consumo_e_Impactos_na_Economia.pdf
Green Globe. (n.d.a). Green Globe Certification. Recuperado em 09 de maio, 2016, de http://greenglobe.com/green-globe-certification/
Green Globe. (n.d.b). Standard Criteria and Indicators. Recuperado em 09 de maio, 2016, de http://greenglobe.com/standard/
Hafermann, M. (2004). Sustentabilidade e desenvolvimento turístico na ilha de Santa Catarina (Dissertação de doutorado) Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC, Brasil.
Hansen, U., & Schrader, U. (2005). Corporate social responsibility als aktuelles Thema der Betriebswirtschaftslehre. Die Betriebswirtschaft, 65(4), 373.
Homann, K. (2004). Gesellschaftliche Verantwortung als Business Case. In: SCHNEIDER, U.; STEINER, P. (Hrsg). Betriebswirtschaftslehre und gesellschaftliche Verantwortung: mit Corporate Social Responsibility zu mehr Engagement. Wiesbaden: Gabler. DOI: https://doi.org/10.1007/978-3-322-90531-4_1
Hülsmann, M. (2004). Bezugspunkte zwischen strategischem Management und Nachhaltigkeit. In Betriebswirtschaftslehre und Nachhaltigkeit (pp. 25-72). Deutscher Universitätsverlag. DOI: https://doi.org/10.1007/978-3-663-07732-9_2
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). (n.d.). Turismo Sustentável. Rio de Janeiro: Autor. Recuperado em 19 de abril, 2016, de http://www.icmbio.gov.br/cairucu/visitacao/turismo-sustentavel.html
Instituto de Hospitalidade (IH). (2004). Norma Nacional para Meios de hospedagem: requisitos para a sustentabilidade. Recuperado em 06 de abril, 2016, de http://www.bibliotecas.sebrae.com.br/chronus/ARQUIVOS_CHRONUS/bds/bds.nsf/467524C358E0487D832575E0006C5CBA/$File/NT00041A3E.pdf
Jensen, M. C. (2001). Value maximization, stakeholder theory, and the corporate objective function. Journal of applied corporate finance, 14(3), 8-21. DOI: https://doi.org/10.1111/j.1745-6622.2001.tb00434.x
Jones, P., Hillier, D., & Comfort, D. (2013). Sustainability in the global hotel industry. International Journal of Contemporary Hospitality Management, v. 26, pp. 5 - 17. Recuperado em 04 de abril, 2016, de http://dx.doi.org/10.1108/IJCHM-10-2012-0180 DOI: https://doi.org/10.1108/IJCHM-10-2012-0180
Kirk, D. (1995). Environmental management in hotel. International Journal of Contemporary Hospitality Management (Vol. 7, pp. 3 – 8). DOI: https://doi.org/10.1108/09596119510095325
Kirchhoff, K. R. (2006). CSR als strategische Herausforderung. In: Gazdar, Kaevan, Habisch, André, Kirchhoff, Klaus Reiner, Vaseghi, Sam, Erfolgsfaktor Verantwortung – Corporate Social Responsibility professionell managen, Springer, 2006, p. 13-34. DOI: https://doi.org/10.1007/3-540-32482-8_2
Loew, T., Ankele, K., Braun, S., & Clausen, J. (2004). Bedeutung der internationalen CSR-Diskussion für Nachhaltigkeit und die sich daraus ergebenden Anforderungen an Unternehmen mit Fokus Berichterstattung. Endebericht an das Bundesministerium für Umwelt, Naturschutz und Reaktorsicherheit. Münster: Berlin.
Mapa Startup SC. (n.d.). Recuperado em 28 de abril, 2016, de http://mapa.startupsc.com.br/#
Matten, D., Crane, A., & Chapple, W. (2003). Behind the mask: Revealing the true face of corporate citizenship. Journal of Business Ethics, 45(1-2), 109-120. DOI: https://doi.org/10.1023/A:1024128730308
McWilliams, A., Siegel, D. S., & Wright, P. M. (2006). Introduction by guest editors corporate social responsibility: international perspectives. Journal of Business Strategies, 23(1), 1. DOI: https://doi.org/10.2139/ssrn.900834
Ministério do Turismo (MTur). (2007). Conteúdo fundamental: turismo e sustentabilidade. Brasília: Autor. Recuperado em 19 de abril, 2016, de http://www.turismo.gov.br/sites/default/turismo/o_ministerio/publicacoes/downloads_publicacoes/conteudo_fundamental_turismo_e_sustentabilidade.pdf
Ministério do Turismo (MTur). (2011). Portaria nº 100, de 16 de junho de 2011. Brasília: Autor. Recuperado em 19 de agosto, 2015, de http://www.turismo.gov.br/legislacao/?p=175http://www.turismo.gov.br/legislacao/?p=175
Ministério do Turismo (MTur). (2015). Estatísticas básicas de turismo. Brasília: Autor. Recuperado em 08 de abril, 2016, de http://www.dadosefatos.turismo.gov.br/dadosefatos/estatisticas_indicadores/estatisticas_basicas_turismo/
Moratelli, R. F., & De Souza, M. J. B. (2006). Responsabilidade Social nas Organizações Hoteleiras de Santa Catarina. Seminário de Pesquisa em Turismo do Mercosul (SeminTUR), Caxias do Sul, RS, Brasil, 4.
Müller-Christ, G. (2001). Nachhaltiges Ressourcenmanagement: Eine wirtschaftsökologische Fundierung. Metropolis-Verlag.
Naor, J. (1982). A New Approach to Multinational Social Responsibility. Journal of Business Ethics, 1: 219-225. DOI: https://doi.org/10.1007/BF00382774
Prefeitura de São Paulo. (n.d.). O que é uma incubadora de empresas? Recuperado em 02 de maio, 2016, de http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/trabalho/empreendedorismo/incubadora/index.php?p=38440
Preston, L. E., & Post, J. E. (1987). Models of Management and Society.Business and Society. Dimensions of conflicts and cooperation, Lexington, Toronto.
Quazi, A. M., & O'Brien, D. (2000). An empirical test of a cross-national model of corporate social responsibility. Journal of business ethics, 25(1), 33-51. DOI: https://doi.org/10.1023/A:1006305111122
Rat Für Nachhaltige Entwicklung (RNE). (2006). Unternehmerische Verantwortung in einer globalisierten Welt: ein deutsches Profil der Corporate Responsibility. Empfehlungen des Rates für Nachhaltige Entwicklung. Berlin.
Santa Catarina Turismo (SANTUR). (n.d). Grande Florianópolis. Recuperado em 18 de abril, 2016, de http://turismo.sc.gov.br/destinos/grande-florianopolis/
Severino, A. J. (2000). Metodologia do trabalho científico Metodologia do trabalho científico Metodologia do trabalho científico.
Schaltegger, S., & Burrit, R. (2007). Nachhaltigkeitsmanagement in Unternehmen: von der Idee zur Praxis: Managementansätze zur Umsetzung von Corporate Social Responsibility und Corporate Sustainability. Bundesministerium für Umwelt, Naturschutz und Reaktorsicherheit (BMU), Referat Öffentlichkeitsarbeit.
Schenini, P. C., Lemos, R. N., & Da Silva, F. (2005). Sistema de Gestão Ambiental no Segmento Hoteleiro. Seminário de Gestão de Negócios FAE, 2.
Schwartz, M. S., & Carroll, A. B. (2003). Corporate social responsibility: A three-domain approach. Business ethics quarterly, 13(04), 503-530. DOI: https://doi.org/10.5840/beq200313435
Sebrae. (n.d.a). O que é uma startup. Recuperado em 02 de maio, 2016, de http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/sebraeaz/o-que-e-uma-startup,616913074c0a3410VgnVCM1000003b74010aRCRD#conceitos
Sebrae. (n.d.b). Co-working é uma boa prática para os pequenos negócios. Recuperado em 02 de maio, 2016, de http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/co-working-e-uma-boa-pratica-para-os-pequenos-negocios,9ab926ad18353410VgnVCM1000003b74010aRCRD
Sebrae. (n.d.c). Entenda a diferença entre incubadora e aceleradora. Recuperado em 02 de maio, 2016, de http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/entenda-a-diferenca-entre-incubadora-e-aceleradora,761913074c0a3410VgnVCM1000003b74010aRCRD Suchanek, A. (2003). Ökonomische Unternehmensethik: Diskussionsbeiträge der Katholischen Universität Eichstätt-Ingolstadt Nr. 166.Wirtschaftswissenschaftliche Fakultät Ingolstadt.
Van Marrewijk, M. (2003). Concepts and Definitions of CSR and Corporate Sustainability: Between Agency and Communion. Journal of Business Ethics, 44(2-3): 95-105.
Wartick, S. L., & Cochran, P. L. (1985). The evolution of the corporate social performance model. Academy of management review, 10(4), 758-769. DOI: https://doi.org/10.5465/amr.1985.4279099
Welzel, E. (2009). Tipologia das atividades de responsabilidade social corporativa na esfera internacional: (in)dependência do contexto cultural? Anais do Simpósio de Administração da Produção, Logística e Operações Internacionais (SIMPOI), São Paulo, SP, Brasil, 12.
Welzel, E. (2012) Corporate Social Responsibility im Rahmen internationaler Wertschöpfungsaktivitäten Einflussfaktoren der CSR am Beispiel von brasilianischen Industrieunternehmen mit deutschem Kapital (Tese de doutorado). Friedrich-Schiller-Universität Jena, FSU-JENA, Alemanha.
Welzel, E.; Haupt, R., & Martins, C. B. (2015). Impactos da Adoção de Atividades de Responsabilidade Social Corporativa na Estrutura Organizacional: Estudo das Multinacionais Alemãs no Brasil. Revista Ibero-Americana de Estratégia, 14(1), 108. DOI: https://doi.org/10.5585/riae.v14i1.2191
Welzel, E., & Lavarda, R. A. B. (2016). Modelo de Strategizing da Responsabilidade Social Corporativa (RSC): sistematização do processo de implementação de RSC considerando o enfoque da Estratégia como Prática Responsibility. Revista de Ciências da Administração, 1(1), 9-24. DOI: https://doi.org/10.5007/2175-8077.2016v18n44p9
Whetten, D. A. (2003). Desenvolvimento de teoria. O que constitui uma contribuição teórica?. RAE-revista de administração de empresas, 43(3), 69-73.
Wyse, N. (2006). Ética em Turismo. Senac. Recuperado em 06 de maio, 2016, de http://www.senac.br/BTS/323/bts32_3_art2.pdf
Wood, D. J. (1991). Corporate social performance revisited. Academy of management review, 16(4), 691-718. DOI: https://doi.org/10.5465/amr.1991.4279616
Zenisek, T. J. (1979). Corporate social responsibility: A conceptualization based on organizational literature. Academy of Management Review, 4(3), 359-368. DOI: https://doi.org/10.5465/amr.1979.4289095
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Authors who publish with this journal agree to the following terms:
• 1. The author(s) authorize the publication of the article in the journal.
• 2. The author(s) ensure that the contribution is original and unpublished and is not being evaluated in other journal(s).
• 3. The journal is not responsible for the opinions, ideas and concepts expressed in the texts because they are the sole responsibility of the author(s).
• 4. The publishers reserve the right to make adjustments and textual adaptation to the norms of APA.
• 5. Authors are able to enter into separate, additional contractual arrangements for the non-exclusive distribution of the journal's published version of the work (e.g., post it to an institutional repository or publish it in a book), with an acknowledgement of its initial publication in this journal.
• 6. Authors are permitted and encouraged to post their work online (e.g., in institutional repositories or on their website) prior to and during the submission process, as it can lead to productive exchanges, as well as earlier and greater citation of published work (See The Effect of Open Access) at http://opcit.eprints.org/oacitation-biblio.html