Mulheres líderes: as desigualdades de gênero, carreira e família nas organizações de trabalho

Autores

  • Janaína Raquel dos Santos Canabarro São Judas Tadeu
  • Julice Salvagni UFRGS

DOI:

https://doi.org/10.7769/gesec.v6i2.347

Palavras-chave:

Desigualdade de gênero. Carreira. Liderança. Diversidade na liderança.

Resumo

Este estudo tem como objetivo mostrar o caminho percorrido pelas mulheres líderes na organização onde trabalham, investigando as dificuldades e desafios enfrentados por elas para a concretização dos projetos pessoais e profissionais. Para o embasamento teórico foram definidos os tópicos: Diversidade na liderança, que aborda o emprego dos atributos de ambos os gêneros na gestão das empresas e carreira, trabalho e família, que apresenta as novas configurações familiares e as transformações econômicas e sociais ocorridas no âmbito do trabalho. Para a coleta dos dados foram realizadas entrevistas individuais com seis gestoras. A análise dos diálogos se deu por meio de quatro categorias: planejamento de carreira; trabalho e família; estilo de liderança e características da liderança de gênero do ponto de vista do líder homem. Finalmente, os dados apontaram que a construção e o sucesso na carreira implicam muito estudo, esforço e autodesenvolvimento. Elas vivem o conflito do equilíbrio do pessoal com o profissional e preocupam-se em desempenhar bem as várias figuras – mulher, mãe, esposa e gestora. Apresentam características de sensibilidade, flexibilidade e parceria no trabalho em equipe, sendo exigentes e objetivas quando a situação obriga. Verifica-se a necessidade de maior observação nos estilos de liderança, associados à dicotomia dos perfis de comportamento masculino e feminino de gerenciar.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Janaína Raquel dos Santos Canabarro, São Judas Tadeu

Pós-graduação – MBA em Gestão de Pessoas na Instituição Educacional São Judas Tadeu.  Aluna Tecnóloga em Gestão de Pessoas formada pela Universidade Castelo Branco em 2012.

Julice Salvagni, UFRGS

Doutoranda em Sociologia (UFRGS/CAPES - 2012). Mestre em Ciências Sociais (Unisinos- 2011), Especialista em Gestão Empreendedora (Ftec- 2009) e Psicóloga (Unisinos- 2007). Atuou como docente da Universidade de Caxias do Sul e como psicóloga clínica e do trabalho. Atualmente é professora dos cursos de pós-graduação da Faculdade São Judas Tadeu. 

Referências

Araújo, L. C. G; Carmo, M. S. & Matesco, K. (2013). Ações estratégicas: desafios e caminhos para a gestão contemporânea. São Paulo: Atlas.

Bardin, Laurence (1995). Análise de conteúdo. Porto: Edições 70.

Bauer, M. & Gaskell, G. (2002). Pesquisa qualitativa: com texto, imagem e som. Petrópolis: Vozes.

Bruschini, C. (2000). Gênero e trabalho no Brasil: novas conquistas ou persistência da discriminação: In: Baltar da Rocha, M. I (org.) Trabalho e gênero: mudanças, permanências e desafios. São Paulo: Editora 34.

Bruschini, C. (2007). Trabalho e gênero no Brasil nos últimos dez anos. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, vol. 37, n.132, pp.537-572, set./dez. DOI: https://doi.org/10.1590/S0100-15742007000300003

Bruschini, C. & Puppin, A. B. (2004). O trabalho de mulheres executivas no Brasil no final do século XX. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, vol. 34, n.121, pp. 105-138, jan./abr. DOI: https://doi.org/10.1590/S0100-15742004000100006

Dutra, J. S. (2002). A gestão de carreira. In: Fleury, M. T. L. (org.). As pessoas na organização. São Paulo: Gente.

Fontenele-Mourão, T. M. (2006). Mulheres no topo de carreira: flexibilidade e persistência. Brasília, DF: Secretaria de Política para as Mulheres.

Galeazzi, I. (2001). Mulheres trabalhadoras: a chefia da família e os condicionantes de gênero. Mulher e Trabalho. Porto Alegre: FEE; FGTAS/Sine-RS; Dieese; Seade-SP; FAT, vol. 1, pp. 61-68.

Gil, A. C. (2006). Métodos e técnicas de pesquisa social. (5a ed.). São Paulo: Atlas.

Gill, R. (2003). Análise de Discurso. In: Bauer, M; Gaskell, G. Pesquisa qualitativa: com texto, imagem e som. Petrópolis: Vozes.

Hofmeister, D. L. F. (2009). Planejamento e desenvolvimento de carreira. Curitiba: Iesde Brasil.

Hunter, J. C. (2006). Como se tornar um líder servidor: os princípios de liderança de o monge e o executivo. Rio de Janeiro: Sextante.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE (2012). Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio – PNAD. Síntese de indicadores sociais: uma análise das condições de vida da população brasileira. Rio de Janeiro.

Kanan, L. A. (2010). Poder e liderança de mulheres nas organizações de trabalho. Organização e sociedade, Salvador, vol. 17, n. 53, pp 243-257, abr./jun. DOI: https://doi.org/10.1590/S1984-92302010000200001

Menda, P. B. (2004). Análise da dicotomia sofrimento e prazer na função gerencial feminina. Dissertação de Mestrado do Programa de Pós-graduação em Administração, UFRGS, Porto Alegre, RS, Brasil.

Nicholson, Linda (2000). Interpretando o gênero. Revista Estudios Feministas, CFH/CCE/UFSC, vol. 8, n. 2, Brasil, Santa Catarina, pp. 8-41.

Oliveira, D. P. R.(2009). Plano de Carreira: foco no indivíduo. São Paulo: Atlas.

Piscitelli, Adriana (2008). Interseccionalidades, categorias de articulação e experiências de migrantes brasileiras. Sociedade e Cultura, vol. 11, n. 2, jul.-dez. pp. 263 a 274. Recuperado de http://www.revistas.ufg.br/index.php/fchf/article/view/5247/4295. DOI: https://doi.org/10.5216/sec.v11i2.5247

Robbins, S. P.; Decenzo D. A. & Wolter, R. M. (2013). Fundamentos de gestão de pessoas. São Paulo: Saraiva.

Rocha-Coutinho, M. L. & Coutinho, R. R. (2011). Mulheres brasileiras em posições de liderança: Novas perspectivas para antigos desafios. Economia Global e Gestão, Lisboa, vol. 16, n. 1, abr.

Roudinesco, E. (2003). A Família em Desordem. Rio de janeiro: Jorge Zahar.

Santana, E. L. F. F. (2014). Família monoparental feminina: Fenômeno da contemporaneidade? POLÊM!CA: Laboratório de Estudos Contemporâneos. Universidade do Estado do Rio de Janeiro, v. 13, n. 2, p. 1225-1236.

Santos, J. C. S. (2014). Masculinidades, feminilidades e androginia: uma análise interpretativa sobre a construção social de gêneros e suas implicações para o exercício da liderança no Poder Judiciário de Rondônia. 2013. Tese (Doutorado em Administração), Programa de Pós-graduação em Administração, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.

Silva, M. A. (2000). Todo poder às mulheres: esperança de equilíbrio para o mundo. São Paulo: Best Seller.

Simões, F. I. W. & Hashimoto, F. (2012). Mulher, mercado de trabalho e as configurações familiares do século XX. Revista Vozes dos Vales: Publicações Acadêmicas: Universidade Federal dos Vales dos Jequitinhonha e Mucuri, Minas Gerais, vol. 1, n. 2, Out.

Tadeucci, M. R. (2009). Motivação e liderança. Curitiba: Iesde Brasil S.A., 2009.

Downloads

Publicado

2015-08-01

Como Citar

Canabarro, J. R. dos S., & Salvagni, J. (2015). Mulheres líderes: as desigualdades de gênero, carreira e família nas organizações de trabalho. Revista De Gestão E Secretariado, 6(2), 88–110. https://doi.org/10.7769/gesec.v6i2.347

Edição

Seção

Artigos