A Dinâmica e os Fatores Organizacionais Propiciadores à Ocorrência do Assédio Moral no Trabalho
DOI:
https://doi.org/10.7769/gesec.v4i2.161Palavras-chave:
Assédio moral no trabalho, Bullying, Violência no trabalho, Gestão de PessoasResumo
Neste artigo é apresentada uma revisão da literatura sobre o assédio moral, com uma abordagem voltada para a Ciência da Administração. Considera-se que no atual contexto existem alguns fatores organizacionais propiciadores à ocorrência do assédio moral, e que são importantes de ser compreendidos pelo administrador. O assédio moral trata-se de um processo complexo que inclui a interação de aspectos interpessoais, sociais (grupais) e organizacionais. A abordagem focada é a do assédio moral organizacional, cujo objetivo é fazer com que as agressões sirvam de exemplo para os membros organizacionais, para que estes alcancem as metas/objetivos estabelecidos pela organização a qualquer custo. Ressalta-se que existem alguns fatores organizacionais que podem propiciar o assédio, como a mudança da natureza e da organização do trabalho, cultura e clima organizacional, e liderança. Buscaram-se nos modelos propostos subsídios conceituais explicativos do fenômeno, os quais demonstram a interação dos diversos aspectos supracitados que influenciam na ocorrência.
DOI:10.7769/gesec.v4i2.161
Downloads
Referências
Barreto, M. M. S. (2006). Violência, saúde e trabalho: uma jornada de humilhações. São Paulo: Educ.
Bradaschia, C. A. (2007). Assédio moral no trabalho: a sistematização dos estudos sobre um campo em construção. Dissertação (Mestrado em Administração de Empresas) – Programa de Pós-Graduação em Administração de Empresas, Fundação Getúlio Vargas, São Paulo, Brasil.
Dejours, C. (2007). A banalização da injustiça social. 7a ed. Rio de Janeiro: FGV.
Di Martino, V.; Hoel, H. & Cooper, C. L. (2003). Preventing violence and Harassment in the workplace. Dublin: European Foundation for the Improvement of Living and Working Conditions.
Einarsen, S. (2005). The nature, causes and consequences of bullying at work: The Norwegian experience. Pistes, 7(3), pp. 1-14. DOI: https://doi.org/10.4000/pistes.3156
Einarsen, S.; Hoel, H.; Zapf, D. & Cooper, C. L. (2011). The concept of bullying and harassment at work: the European tradition. In: Idem (orgs.). Bullying and harassment in the workplace: Developments in theory, research, and practice. London: Taylor & Francis, pp. 3-39. DOI: https://doi.org/10.1201/EBK1439804896-3
Einarsen, S.; Hoel, H.; Zapf, D. & Cooper, C. L. (2003). The concept of bullying at work: the European tradition. In: Idem (orgs.). Bullying and emotional abuse in the workplace: International perspectives in research and practice. London: Taylor & Francis, pp. 3-30. DOI: https://doi.org/10.1201/9780203164662.pt1
Einarsen, S.; Hoel, H.; Zapf, D. & Cooper, C. L. (2005). Workplace Bullying: individual pathology or organizational culture? In Bowie, V.; Fischer B. S. & Cooper C. L. (orgs.). Workplace violence: issues, trends, strategies. Devon: Willian Publishing, pp. 229-247.
Freitas, M. E. (2001). Assédio moral e assédio sexual: faces do poder perverso nas organizações. Revista de Administração de Empresas. São Paulo: FGV, 41 (2), pp. 8-19. DOI: https://doi.org/10.1590/S0034-75902001000200002
Freitas, M. E. (2007). Cultura organizacional: evolução e crítica. São Paulo: Thomson Learning.
Freitas, M. E.; Heloani, J. R. & Barreto, M. M. S. (2008). Assédio moral no trabalho. São Paulo: Cengage Learning.
Gosdal, T. C.; Soboll, L. A.; Schatzmam, M. & Eberle, A. D. (2009). Assédio moral organizacional: esclarecimentos conceituais e repercussões. In: Gosdal, T. C. & Soboll, L. A. (orgs.). Assédio moral interpessoal e organizacional: Um enfoque interdisciplinar. São Paulo: LTr, pp. 33-41.
Heloani, J. R. (2005). Assédio moral: a dignidade violada. Aletheia, 22, pp. 101-108.
Hirigoyen, M.-F. (2008). Assédio moral: a violência perversa no cotidiano. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil.
Hoel, H. & Salin, D. (2003). Organisational antecedents of workplace bullying. In: Einarsen, S.; Hoel, H.; Zapf D. & Cooper C. L. (orgs). Bullying and emotional abuse in the workplace: International perspectives in research and practice. London: Taylor & Francis, pp. 203-218. DOI: https://doi.org/10.1201/9780203164662.ch10
Leymann, H. (1990). Mobbing and Psychological Terror at Workplaces. Violence and Victims, 5(2), pp. 119-126. DOI: https://doi.org/10.1891/0886-6708.5.2.119
Leymann, H. (1996). The Content and Development of Mobbing at Work. European Journal of Work and Organizational Psychology, 5(2), pp. 165-184. DOI: https://doi.org/10.1080/13594329608414853
Lubit, R. (2002). O impacto dos gestores narcisistas nas organizações. Revista de Administração de Empresas. São Paulo, 42(3), pp. 66-77. DOI: https://doi.org/10.1590/S0034-75902002000300007
Martiningo Filho, A. (2007). Assédio moral e gestão de pessoas: Uma análise do assédio moral no trabalho e o papel da área de gestão de pessoas. Dissertação (Mestrado em Administração) – Programa de Pós-Graduação em Administração, Universidade de Brasília, Brasília, Brasil. DOI: https://doi.org/10.1590/S1678-69712008000500002
Morgan, G. (2009). Imagens da organização. São Paulo (SP): Atlas.
Nunes, T. S. (2011). Assédio moral no trabalho: o contexto dos servidores da Universidade Federal de Santa Catarina. Dissertação (Mestrado em Administração) – Programa de Pós-Graduação em Administração, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, Brasil.
Nunes, T. S. & Tolfo, S. R. (2012a). Políticas y prácticas de prevención y combate al acoso moral en una universidad brasileña. Salud de los Trabajadores, 20(1), pp. 61-73.
Nunes, T. S. & Tolfo, S. R. (2012b). Prevenção e desenvolvimento de uma política anti-assédio moral no trabalho. Anais do XXXVI Encontro da ANPAD. Rio de Janeiro, Brasil.
Oliveira, D. P. R. (2008). Teoria geral da administração: uma abordagem prática. São Paulo: Atlas.
Ramos, A. G. (1989). A nova ciência das organizações: uma reconceituação da riqueza das nações. 2a ed. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas.
Salin, D. (2003a). Ways of explaining workplace bullying: a review of enabling, motivating and precipitating structures and processes in the work environment. Human Relations, 56, pp. 1.213-1.232. DOI: https://doi.org/10.1177/00187267035610003
Salin, D. (2003b). Workplace bullying among business professionals: Prevalence, organisational antecedents and gender differences. Doctoral dissertation. Research Reports, Serie A, no 117. Helsinki: Swedish School of Economics and Business Administration.
Selfridge, R. J. & Sokolik, S. L. (1975). A comprehensive view of organizational management. MSU Business Topics, 23(1), pp. 46-61.
Sina, A. (2007). A outra face do poder. São Paulo: Saraiva.
Skogstad, A.; Matthiesen, S. B. & Einarsen, S. (2007). Organizational changes: A precursor of bullying at work?. International Journal of Organization Theory and Behavior, 10, pp. 58-94. DOI: https://doi.org/10.1108/IJOTB-10-01-2007-B003
Tachizawa, T.; Cruz Júnior, J. B. & Rocha, J. A. O. (2006). Gestão de negócios: visões e dimensões empresariais da organização. São Paulo: Atlas.
Vartia, M. (2003). Workplace bullying: A study on the work environment. well-being and health. Doctoral Dissertation. People and Work Research Reports 56. Helsinki: Finnish Institute of Occupational Health.
Zapf, D. & Einarsen, S. (2003). Individual antecedents of bullying: victims and perpetrators. In: Einarsen, H.; Hoel, D.; Zapf D. & Cooper, C. L. (orgs.). Bullying and emotional abuse in the workplace: International perspectives in research and practice. London: Taylor & Francis, pp. 165-184. DOI: https://doi.org/10.1201/9780203164662.pt3
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Authors who publish with this journal agree to the following terms:
• 1. The author(s) authorize the publication of the article in the journal.
• 2. The author(s) ensure that the contribution is original and unpublished and is not being evaluated in other journal(s).
• 3. The journal is not responsible for the opinions, ideas and concepts expressed in the texts because they are the sole responsibility of the author(s).
• 4. The publishers reserve the right to make adjustments and textual adaptation to the norms of APA.
• 5. Authors are able to enter into separate, additional contractual arrangements for the non-exclusive distribution of the journal's published version of the work (e.g., post it to an institutional repository or publish it in a book), with an acknowledgement of its initial publication in this journal.
• 6. Authors are permitted and encouraged to post their work online (e.g., in institutional repositories or on their website) prior to and during the submission process, as it can lead to productive exchanges, as well as earlier and greater citation of published work (See The Effect of Open Access) at http://opcit.eprints.org/oacitation-biblio.html