Socialização profissional de secretários executivos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.7769/gesec.v12i1.1144

Palavras-chave:

Sociologia das profissões. Interacionismo simbólico. Socialização profissional. Secretariado executivo. Trajetória profissional.

Resumo

A socialização profissional é o processo de inserção do indivíduo em uma profissão e leva em consideração sua trajetória acadêmica e profissional. O presente estudo tem o objetivo de analisar a socialização profissional de secretários executivos, por meio de duas das três fases da socialização profissional de Kramer et al. (2013): transição, que consiste na aplicação dos conhecimentos, habilidades, normas e valores inerentes à profissão na prática profissional e integração, ao serem analisados os papéis profissionais desempenhados e as comunidades profissionais em que os secretários executivos são engajados. Os dados foram coletados por meio de entrevista semiestruturada com quinze secretários executivos que trabalham em organizações localizadas no estado do Ceará. A análise dos resultados elucida a importância da profissão de secretariado executivo para a gestão organizacional e a contribuição do estudo está no fomento à literatura nacional sobre socialização profissional, ainda escassa.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Emiliano Sousa Pontes, Universidade Federal do Ceará

Doutorando e mestre em Administração e Controladoria. Bacharel em Secretariado Executivo.

Tereza Cristina Batista de Lima, Universidade Federal do Ceará

Doutora em Educação. Mestre e graduada em Psicologia. Professora da UFC.

Sandra Maria dos Santos, Universidade Federal do Ceará

Doutora e mestre em Economia. Graduada em Ciências Econômicas. Professora da UFC.

Augusto Cézar de Aquino Cabral, Universidade Federal do Ceará

Doutor, mestre e graduado em Administração. Mestre em Educação. Professor da UFC.

Referências

Abbott, A. (1988). The system of the professions: an essay on the division of expert labor. Chicago: University of Chicago.

Almeida, W. (2013). A importância da formação específica. In B. D’Elia, M. Amorim & M. Sita (Orgs.). Excelência no secretariado: a importância da profissão nos processos decisórios (pp. 91-97). São Paulo: Ser Mais.

Angelin, P. E. (2010). Profissionalismo e profissão: teorias sociológicas e o processo de profissionalização no Brasil. Revista Espaço de Diálogo e Desconexão, 3(1).

Azevedo, I., & Costa, S. I. (2002). Secretária: um guia prático (3a ed.). São Paulo: Senac.

Baccaro, T. A., & Shinyashiki, G. T. (2011). Consistência da escolha vocacional e socialização profissional de estudantes de enfermagem. Revista Brasileira de Orientação Profissional, 12(1), 73-82.

Bardin, L. (2006). Análise de conteúdo (3a ed.). Lisboa: Edições 70.

Berger, P. L., & Luckmann, T. (2004). A construção social da realidade: tratado de sociologia do conhecimento (24a ed.). Petrópolis: Vozes.

Bíscoli, F. R. V., & Durante, D. G. (2015). Secretariado executivo: indícios de uma prática no contexto social brasileiro. Anais do Encontro Nacional Acadêmico de Secretariado Executivo, Londrina, PR, Brasil, 4.

Borges, L. O., & Albuquerque, F. J. B. (2014). Socialização Organizacional. In J. C. Zanelli, J. C., J. E. Borges-Andrade & A. V. B. Bastos (Orgs.). Psicologia, organizações e trabalho no Brasil (2a ed., pp. 351-384). Porto Alegre: Artmed.

Bortolotto, M. F. P., & Willers, E. M. (2005). Profissional de Secretariado Executivo: explanação das principais características que compõem o perfil. Expectativa, 4(4), 45-56.

Bucher, R., & Strauss, A. (1961). Professions in process. American Journal of Sociology, 66(4), 325-334.

Camargo, F. A. (2013). O homem e o secretariado. In B. D’Elia, M. Amorim & M. Sita. (Orgs.). Excelência no secretariado: a importância da profissão nos processos decisórios (pp. 61-67). São Paulo: Ser Mais.

Carr-Saunders, A. P., & Wilson, P. A. (1933). The Professions. Oxford: Oxford University Press.

Clark, S. M., & Corcoran, M. (1986). Perspectives on the professional socialization of women faculty: a case of accumulative disadvantage? The Journal of Higher Education, 57(1), 20-43, 1986.

Código de ética do profissional de Secretariado, de 7 de julho de 1989 (1989). Brasília, DF. Recuperado em 14 dezembro 2017 de https://www.jusbrasil.com.br/diarios/3589665/pg-118-secao-1-diario-oficial-da-uniao-dou-de-07-07-1989

Dale, E., & Urwick, L. F. (1971). Organização e assessoria. São Paulo: Atlas.

Diniz, M. (2001). Os donos do saber: profissões e monopólios profissionais. Rio de Janeiro: Revan.

Dubar, C. (2005). A socialização: construção das identidades sociais e profissionais. São Paulo: Martins Fontes.

Dubar, C. (2012). A construção de si pela atividade de trabalho: a socialização profissional. Cadernos de Pesquisa, 42(146), 351-367.

Durante, D. G. (2012). Tópicos especiais em técnicas de secretariado. Curitiba: IESDE.

Durnescu, I. (2014). Probation skills between education and professional socialization. European Journal of Criminology, 11(4), 429-444.

Federação Nacional das Secretárias e Secretários (2017). Luta para criação do conselho. Recuperado em 24 maio de 2017 de http://www.fenassec.com.br/b_osecretariado_luta_criacao_conselho.html

Goode, W. J. (1957). Community within a community: the professions. American Sociological Review, 22(2), 194-200.

Goode, W. J. (1960). The profession: reports and opinion. American Sociological Review, 25(6), 902-965.

Gonçalves, C. M. (2007). Análise sociológica das profissões: principais eixos de desenvolvimento. Sociologia, 17, 177-223.

Gray, D. E. (2012). Pesquisa no mundo real (2a ed.). Porto Alegre: Penso.

Hughes, E. (1958). Men and their work. New York: Free Press of Glencoe.

Hytönen, K., Hakkarainen, K., & Palonen, T. (2011). Young diplomats’ socialization to the networked professional cultures of their workplace communities. Vocations and Learning, 4(3), 253-273.

Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (2013). Radar: tecnologia, produção e comércio exterior 2009-2012. Diretoria de Estudos e Políticas Setoriais, de Inovação, Regulação e Infraestrutura: Brasília, n. 1.

Jee, S. D., Schafheutle, E. I., & Noyce, P. R. Exploring the process of professional socialisation and development during pharmacy pre‐registration training in England. International Journal of Pharmacy Practice, 24, 283-293.

Kramer, M., Maguire, P., Halfer, D., Brewer, B., & Schmalenberg, C. (2013). Impact of residency programs on professional socialization of newly licensed registered nurses. Western journal of nursing research, 35(4), 459-496.

Larson, Magali S. The rise of professionalism: a sociological analysis. Berkeley: University of California Press, 1977.

Lei n. 7.377, de 30 de setembro de 1985 (1985). Dispõe sobre o exercício da profissão de secretário, e dá outras providências. Brasília, DF. Recuperado em 1 dezembro 2017 de http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7377.htm

Lei n. 9.261, de 10 de janeiro de 1996 (1996). Altera a redação dos incisos I e II do art. 2º, o caput do art. 3º, o inciso VI do art. 4º e o parágrafo único do art. 6º da Lei nº 7.377, de 30 de setembro de 1985. Brasília, DF. Recuperado em 1 dezembro 2017 de http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9261.htm#art1

Martins, C. B., Leal, F. G., Souza, E. C. P., & Todorov, M. C. A. (2015). A busca da cientificidade do secretariado no contexto brasileiro: aspectos históricos e contemporâneos. Revista Gestão em Análise, 6(1/2), 270-286.

Mazerolle, S. M., Eason, C. M., Clines, S., & Pitney, W. A. (2015). The professional socialization of the graduate assistant athletic trainer. Journal of athletic training, 50(5), 532-541.

Meneghetti, G. (2009). Profissões e identidades profissionais: um estudo sobre teorias e conceitos nas ciências sociais e no serviço social. (2009). Dissertação de mestrado, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, Santa Catarina, Brasil.

Nascimento, E. (2012). Pesquisa aplicada e interdisciplinaridade: da Linguística ao Secretariado. In D. G. Durante (Org.). Pesquisa em Secretariado: cenários, perspectivas e desafios (pp. 98-118). Passo Fundo: UPF Editora.

Nonato, R., Jr. (2009). Epistemologia e teoria do conhecimento em secretariado executivo: a fundação das ciências da assessoria. Fortaleza: Expressão Gráfica.

Parecer nº 492, de 3 de abril de 2001 (2001). Diretrizes Curriculares Nacionais dos cursos de Filosofia, História, Geografia, Serviço Social, Comunicação Social, Ciências Sociais, Letras, Biblioteconomia, Arquivologia e Museologia. Brasília, DF. Recuperado em 14 dezembro 2017 de http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CES0492.pdf

Parsons, T. (1939). The professions and social structure. Social forces, 17(4), 457-467.

Parsons, T. (1982). Estructura social y proceso dinámico: el caso de la prática moderna. In T. Parsons (Ed.). EI Sistema Social. Madrid: Alianza Editorial.

Pereira, E. A. J., & Cunha, M. V. (2007). Reflexões sobre as profissões. Encontros Bibli: Revista Eletrônica de Biblioteconomia e Ciências da Informação, 12(24), 44-58.

Pontes, E. S. (2017, outubro). Socialização professional: análise da produção científica nacional e internacional. Anais do Encontro da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração, São Paulo, SP, Brasil, 41,

Portaria n. 3.103, de 29 de abril de 1987 (1987). Secretárias - Enquadramento Sindical. Brasília, DF. Recuperado em 14 dezembro 2017 de http://www.sinsesp.com.br/pt/secretariasos/70/86-portaria-de-enquadramento-sindical-como-categoria-diferenciada

Resolução n. 3, de 23 de junho de 2005 (2005). Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de graduação em Secretariado Executivo e dá outras providências. Brasília, DF. Recuperado em 14 dezembro 2017 de http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/rces003_05.pdf

Rodrigues, E. F. S., & Dias, A. I. (2016). Formação em Secretariado Executivo: relação entre conhecimento acadêmico e atuação profissional. In C. M. P. BARROS, J. S. Silva & A. M. I. Dias (Orgs.). Secretariado Executivo e Educação: temas que se articulam pela formação, docência na Educação Superior e pesquisa científica (pp. 21-47). Fortaleza: Edições UFC.

Sabino, R. F., & Marchelli, P. S. (2009). O debate teórico-metodológico no campo do secretariado: pluralismo e singularidades. Cadernos EBAPE.BR, 7(4), 607-62.

Sampieri, R. H., Collado, C. F., & Lucio, P. B. (2013). Metodologia de pesquisa (5a ed.). São Paulo: McGraw-Hill.

Santos, M. E., & Moretto, C. F. (2011). O mercado de trabalho do secretário executivo no contexto na dinâmica produtiva e do emprego recentes no Brasil. Secretariado Executivo em Revist@, Passo Fundo, 7, 21-35.

Santos, M. P. (2012). Importância do domínio de línguas estrangeiras pelos profissionais de secretariado executivo para atuação no mercado de trabalho em tempos de globalização: uma abordagem crítico-reflexiva. Revista de Gestão e Secretariado, 3(1), 94-108.

Thiry-Cherques, H. R. (2009). Saturação em pesquisa qualitativa: estimativa empírica de dimensionamento. Revista Brasileira de Pesquisas de Marketing, Opinião e Mídia, 3(2), 20-27.

Vieira, J. O., & Zuin, D. C. (2015). Secretariado executivo no Brasil: profissão ou ocupação? Revista de Gestão e Secretariado, 6(3), 21-45.

Wilensky, H. L. (1964). The Professionalization of everyone? American Journal of Sociology, 70(2), 137-158.

Downloads

Publicado

2021-04-10

Como Citar

Pontes, E. S., Lima, T. C. B. de, Santos, S. M. dos, & Cabral, A. C. de A. (2021). Socialização profissional de secretários executivos. Revista De Gestão E Secretariado, 12(1), 258–284. https://doi.org/10.7769/gesec.v12i1.1144

Edição

Seção

Artigos